Após a prévia

Dando continuidade ao post anterior, o dia 31 chegou, e chegou da melhor maneira possível.
Chegada tumultuada no teatro, uma grande fila de automóveis, muitas pessoas sem ingresso esperando uma possível desistência, fato que provavelmente não deve ter acontecido.
Lá dentro, muito mais pessoas com um ar de alívio e felicidade, pois os que estavam ali na porta do teatro conseguiram um ingresso para assistir uma apresentação que traria dois grandes músicos que faziam e que fazem parte de bandas elogiadas em todo mundo.
Teatro completamente tomado por com certeza mais do que a capacidade permitida. Seguranças pedindo para os que estavam na frente se sentassem, pois querendo ou não, ali era um teatro, e a regra manda assistir ao espetáculo sentado em sua cadeira, mas não foi o que aconteceu, quando aproximadamente 21:04hrs subiram ao palco Rodrigo Amarante, Fabrizio Moretti e Binki Shapiro, acompanhados dos músicos Tood Dahlhoff (baixo), Noah Gerorgeson (guitarra e voz) e Matt Romano (bateria), e logo após "Play the Part" o pedido dos seguranças simplesmente viraram nada, perto de uma platéia que se aglomerou bem em frente ao palco, fazendo a alegria da banda, e fazendo ainda Rodrigo e Fabrizio elogiarem a atitude dos que ali estavam.

O show foi curto, pois como o próprio Amarante justificou, a banda possui poucas músicas no repertório, mas a pouco mais de uma hora de música, saciou uma platéia que cantou junto todas as músicas de um projeto musical relativamente novo.
A apresentação contou com todas as faixas do CD, incluindo dois covers, sendo eles“Walking back to happiness” de Helen Shapiro e “This time tomorrow” do The Kinks.
O ponto alto do show foi o clima intimista que rolou entre platéia e banda. A química entre Amarante e Moretti era clara e exposta para quem quisesse ver, contando com pitadas da doce voz de Shapiro, que se mostrou bem acanhada perto da platéia brasileira.
Outro ponto que foi de chorar, foi o momento em que Moretti puxou a letra de "Último Romance", onde todo o público acompanhou à capela até o final do primeiro refrão. Amarante, apesar dos acenos brincalhões a Moretti, não conseguiu esconder a suposta ponta de raiva que teve daquele momento, fator que rendeu boas gargalhadas.
No bis, Amarante voltou sozinho acompanhado de sua guitarra para tocar "Evaporar", canção que foi seguida a risca por todos ali presentes, e o final ficou por conta de "Brand New Start".

O que eu pude perceber diante das apresentações dos dois maiores expoentes dos "LH", sendo Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, é que apesar do vazio, os projetos respectivos estão conseguindo tapar o buraco que ficou sem perder o encanto.


*Fotos por Rayssa Vitória.